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Publicado em 04 de fev de 2014 às 08:17
Gestão Ambiental das obras de duplicação da rodovia fará exposição com informações do Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores
Um resumo sobre os anfíbios encontrados nos ambientes de entorno das obras de duplicação da BR-116/RS, de Guaíba a Pelotas, será divulgado durante o XXX Congresso Brasileiro de Zoologia, que ocorrerá de 04 a 07 de fevereiro, na PUCRS, em Porto Alegre. A bióloga Sônia Huckembeck, da Gestão Ambiental (STE S.A.) do empreendimento, apresentará os dados obtidos pelo Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores entre dezembro de 2012 e julho de 2013.
Os resultados apontam que, neste período, foram registrados 1.452 animais de 24 espécies. As mais abundantes são a rã-manteiga (L. latrans), rã-boiadeira (P. minuta), perereca-do-banhado (H. pulchellus) e pererequinha-do-brejo (D. sanborni). De acordo com Sônia, a riqueza de anfíbios encontrados na área de estudo era a esperada, com exceção do sapo-ferreiro (Hypsiboas faber), o qual possuía registro somente até a parte norte/nordeste do Estado. A bióloga também destaca a espécie exótica L. catesbeianus, popularmente conhecida como rã-touro, encontrada no entorno do Arroio Pelotas. “É uma rã reproduzida em criadouros para o consumo humano. A sua presença, porém, pode causar impacto sobre as espécies nativas e na cadeia alimentar local”, afirma.
A cada três meses, o monitoramento de anfíbios é realizado em 12 áreas interceptadas pela rodovia, contemplando zonas úmidas próximas a matas ciliares, orizicultura (plantações de arroz) e silvicultura (cultivo de árvores). Em cada ponto são desprendidos 30 minutos em busca ativa e auditiva. A ação ocorre sempre à noite. “Neste turno as espécies têm maior atividade na procura por alimentos e condições de reprodução”, explica Sônia. O objetivo das campanhas, implementadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), é complementar o conhecimento da fauna da região e propor medidas de conservação.
SAIBA MAIS
Sapos, rãs e pererecas são denominações populares para caracterizar um anuro. De uma forma geral, chamamos de sapos os anfíbios que possuem a pele áspera coberta por glândulas e verrugas. As rãs, por sua vez, são as espécies que apresentam a pele lisa e vivem em ambientes aquáticos (muitas delas são utilizadas na alimentação humana, a exemplo a rã-touro e a rã-manteiga). Já as pererecas são animais de pele muito fina que geralmente possuem hábito arborícola, graças à presença de discos adesivos (ventosas) na ponta dos dedos.
Fonte: Bicho da Vez nº 7/2009. Diego J. Santana - Universidade Federal de Viçosa
Fotos: Divulgação STE S.A.